A taxa de mortalidade infantil média na cidade é de 11.79 para 1.000 nascidos vivos, sendo que os bairros pobres representam mais de 60% desse dado. Bonança, na Zona Norte de Osasco é o bairro com a menor qualidade de vida da cidade devido ao alto índice de favelização e o Vila Yara, na Zona Sul, é a região com a maior qualidade de vida, acima de 0,900 ( de 0 a 1 ), segundo o IBGE.
Nesse artigo acompanhamos o dia a dia de Isabella Damasceno, moradora da Vila São Francisco na região do Vila Yara e de Maryleia Santos, moradora do bairro Portal D'Oeste na região do Bonança. Isabella faz um curso pré vestibular no Colégio Anglo Leonardo da Vinci para prestar a prova da Universidade de São Paulo e estudou a vida toda no Colégio COC Vila Yara, próximo ao trabalho dos pais na Matriz do Banco Bradesco. Maryleia mudou-se de Guarulhos para Osasco há cinco anos e desde que se formou no ensino médio, em 2016, ajuda a mãe no comércio familiar que possuí na garagem de sua residência.
O dia a dia das duas adolescentes começa cedo, por volta das 6 horas da manhã. Enquanto Isabella vai andando até o cursinho que é ao lado do condomínio onde reside, Maryleia se prepara para abrir a mercearia para os horários de pico: " Eu acordo mais cedo e arrumo a casa, enquanto minha mãe abre o caixa e já recebe seus primeiros clientes".
O sonho de Isabella é prestar Medicina e especializar-se na área de neurologia, pois sua tia atua no hospital Albert Einstein e desde cedo instigou a curiosidade da sobrinha pela profissão. Quando questionada sobre perspectivas para o futuro, Maryleia informou a redação que por enquanto pretende ajudar a sua mãe pois vivem sozinhas e "ela precisa de ajuda". Posteriormente pretende estudar para cursar Medicina Veterinária e espera conseguir alguma bolsa de Estudos para abrir o seu sonhado "Hospital para Pet's".
Essa discrepância de situações é comum em cidades de grande porte como Osasco e São Paulo. No Brasil, o número de pobres e miseráveis só tem aumentado a cada ano, sendo que no último senso a alta foi de aproximadamente 13%. Sem investimentos em educação básica os dados como abandono de escola tem se mantido constantes e sem queda, em especial nas periferias das grandes cidades.
Postar um comentário