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Igreja
Matriz Santo Antonio quando da inauguração, 1931.
Cópia. Acervo: CDHO/UNIFIEO
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O surgimento da Igreja Matriz Santo Antonio.
É
costume de todo osasquense, ou de quem adotou a cidade como sua “terra natal”,
passar em frente à Igreja Matriz Santo Antonio – construção que literalmente “cinge”
a Rua Antonio Agú – e lhe oferecer um “sinal da cruz”, em reverência a um dos
primeiros templos religiosos destas paragens. Mas, muitos dos que lhe devotam
respeito, desconhecem as mudanças sofridas por essa igreja ao longo de quase um
século de sua história.
Ainda
que, nos inícios do século XX, o italiano Antonio Agú cogitasse a hipótese de
destinar parte de sua propriedade na região de Osasco à construção de uma
igreja – o que não pôde ser concretizado em função da morte do comerciante de
terras no final da década de 1910 – foi com a criação da chamada Liga dos
Interesses Locais, que este desejo foi realizado. Como a Vila Osasco havia se
tornado Distrito em 31 de dezembro de 1918, alguns moradores desse subúrbio
paulistano fundaram uma Liga, com o intuito de prover melhorias no local. A
primeira delas foi erigir um templo religioso, já que era muito precária a
locomoção dos primeiros osasquenses para as igrejas circunvizinhas.
Os
membros da Liga logo trataram de enviar um telegrama à neta de Agú, Giusephina
Vianco, que então morava na Itália, solicitando a doação efetiva do terreno.
Com a conivência de Giusephina, a Mitra Arquidiocesana do Estado de São Paulo
foi autorizada a aprontar o espaço reservado à nova construção e criar a
paróquia de Santo Antonio de Pádua, santo escolhido em alusão à origem de
Antonio Agú. No dia 13 de julho de 1919, lança-se a pedra fundamental da Igreja
Matriz. Ficara a cabo dos moradores o fornecimento de todo material que seria
utilizado na obra.
Enquanto
o prédio definitivo era construído, instalou-se uma “Matriz Provisória” em um
simples salão, situado na Rua Dona Primitiva Vianco. E “dá pra entrar na Matriz
Provisória e admirar o relevo de todos os altares, a severidade solemne das
cores que os enganalam e o conjunto de demais coisas que os enfeitam: jarras
finas e castiçaes soberbos, flores à capricho e alvíssimas toalhas de linho
todas rendadas tudo concorreu para o fino embelezamento do templo” (apud OLIVEIRA; 1993).
Matriz Provisória, Rua Dona Primitiva Vianco, 192- .
Cópia. Acervo: CDHO/UNIFIEO
Finalmente,
em 29 de março de 1931, após vários problemas enfrentados durante a construção,
o prédio definitivo da Igreja Matriz Santo Antonio foi inaugurado, em estilo
romano, projetado por Ernesto Behreudt. A inauguração foi acompanhada de uma
enorme procissão, que se iniciou no centro do Distrito e findou no novo templo.
Poucos meses depois, a Escola Apostólica dos Padres Passionistas se instalava
na Matriz, promovendo a construção de um anexo à esquerda do templo, primeira
alteração sofrida pelo prédio. Ainda na década de 1930, erige-se o Seminário
Menor de São Gabriel.
Igreja
Matriz Santo Antonio em construção, 1931. Cópia. Acervo: CDHO/UNIFIEO
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Igreja
Matriz Santo Antonio, com o prédio da Escola Apostólica dos Padres
Passionistas, 1932. Cópia. Acervo: CDHO/UNIFIEO
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Interior
da Igreja Matriz Santo Antonio, 1939. Cópia. Acervo: CDHO/UNIFIEO
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Procissão
de inauguração da Igreja Matriz Santo Antonio, 1931. Cópia. Acervo:
CDHO/UNIFIEO
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